Minha profissão, sou engenheiro, as vezes me abriga a viajar bastante e algumas vezes a acompanhar as obras de nossa responsabilidade. Entre 2004 e 2008, viajei dezenas de vezes para o Pará, onde estávamos construindo uma refinaria de Bauxita, para produção de Alumina, matéria-prima do alumínio. Em um dos finais de semana que fiquei por lá, resolvi conhecer a Ilha de Marajó. Peguei minha pick-up do trabalho, fui até Belém e atravessei o rio em um ferry-boat até Marajó (4 horas de travessia). Chegando lá, rodei uns 20 minutos de carro, até encontrar o ponto de encontro com a pessoa que iria me levar de barco até a Fazenda no centro da ilha de Marajó. Deixei o carro na casa de um local e iniciamos uma viagem de barco de pelo menos umas 2 horas. Era uma fazenda centenária, a mais de 5 gerações nas mãos da mesma família. Lugar lindo, casa fantástica, passeios de búfalos e a cavalo por horas dentro da fazenda. A noite, conversando com o dono do lugar, falei de surf, da pororoca, etc. Na mesma hora ele se ofereceu para me rebocar de voadeira em um caiaque abandonado a tempos na fazenda. Topei na hora. De manhã cedo o cara já estava com uma corda pronta, o caiaque dentro da água e o barco abastecido. Concluindo, foi uma aventura incrível. Cada vez que eu caia, lembrava dos jacarés que havia avistado em um passeio noturno de barco na noite anterior. As fotos abaixo mostram um pouco da sensação de "surfar" em meio a selva amazônica.