domingo, 27 de janeiro de 2013

> PRAINHA AINDA DE NOITE

Todo Dinossauro que se preze, sócio atleta da Madrugada, frequentemente chega a Prainha ainda de noite, antes do dia começar a clarear. Nos dias em que a previsão é de boas ondas, fica ainda maior o movimento noturno com vários Dinos chegando a noite de farol acesso. É um prazer enorme encontrar os amigos já se preparando para cair na água com o dia clareando, bem antes do sol nascer no horizonte. Luiz Alberto, Nelson, Carlinhos, Zézinho, Murilo e muitos outros fazem parte do grupo noturno. O privilégio de estar dentro da água já surfando quando o Sol desponta no horizonte é indescritível. Nos finais de semana é por puro prazer. Nos dias uteis, a única forma de aproveitar um pouco antes de começar a trabalhar. Abaixo, fotos do movimento na madrugada. 


Luiz Alberto é presença certa nos bons dias.


Nelson é imbatível.

Heitor, Nelson, Edu e Orelha só esperando um mínimo de claridade para cair.

 O Sol dando as caras.

Estas duas fotos foram tiradas no mesmo dia. Ao Sair de casa bati a foto da lua se pondo e 10 minutos depois, já na Prainha, peguei esta do sol nascendo. Este é um cenário corriqueiro para quem insiste neste louco habito de ser feliz fazendo o que gosta.


sábado, 19 de janeiro de 2013

> PUERTO ESCONDIDO 1996

Em 1996, eu e a Sonia fizemos uma viagem para o México. Fui surfar em Puerto Escondido, estado de Oaxaca, no Pacífico, uns 500 km abaixo de Acapulco. Nos encontramos com o Paulinho, amigo meu desde 1974, quando vim para o Rio. A viagem foi pela antiga Varig. Voamos para Bogotá e Cidade do México. No dia seguinte, para Puerto escondido. O avião para Puerto estava lotado de surfistas do mundo inteiro, incluindo Christian Fetcher, que andava de skate dentro do avião. Na chegada ao aeroporto de Puerto, achar minhas 2 pranchas em meio a dezenas de outras não foi uma tarefa das mais faceis. 
Ficamos no Hotel Arco Iris, na praia, exatamente em frente ao pico de Zicatela. Da varanda do restaurante dava para curtir os tubos quebrando sem parar. Passamos uns 10 dias. Pegamos o final de um swell e o início de outro. Altas ondas, tubos atrás de tubos. Como bom madrugador, surfava mais cedo do que o Crowd, apesar da melhor hora de ondas ser no meio da manhã. Cedinho a maré é muito seca e as ondas ficam ainda mais cavadas. Mesmo assim, muito bom.  Na hora das ondas perfeitas, não conseguia ficar no meio da galera, era muito crowd. Surfava mais afastado do pico principal. Por esta razão, não consegui nem uma registro dos 2 fotógrafos que só focalizavam  o pico principal. Paulinho conseguiu 4 ótimas fotos. Naquela época, 17 anos atrás, ele já tinha um estilo moderno de entubar de backside. Segue abaixo algumas fotos desta viagem. Cristian Fetcher surfava com uma prancha branca com a seguinte mensagem: FUCK YOU. Muito simpático. 


Esta foto aérea mostra a praia Zicatela. 
O ponto C são as direitas, D as esquerdas e E, La Punta.
As setas indicam as valas de entrada no mar. 


Chegando em La Punta. Esquerdas perfeitas.
Lá deu para usar as pranchas menores.



Hotel Arco Iris. Bob, um americano na época com uns 50 anos, caía de peito todos os dias pela manhã
As pranchas menores não funcionaram. As 7'4" encaixaram nas ondas perfeitamente.
Mesmo nas menores ondas, o mar exigia uma remada que somente as 7'4" respondiam.

Paulinho, eu e Sonia.
O jantar era sempre ao som deste Mariachi. Tinha uma música que contava a história de uma cavalo branco que atravessou o México de ponta a ponta, em uma missão heroica. Ao final da musica, o cavalo estava todo ferrado e acabava morrendo. Era de chorar. 
Este dia foi muito especial. Surfamos altas ondas de manhã. A tarde alugamos dois quadriciclos e rodamos pela praia até La Punta onde ficamos até o por do sol.

Shopping de Puerto 

La Punta é um Arpoador quebrando perfeito.
Paulinho em sequencia num dia de mar pequeno.




As direitas de Zicatela.
Umas das muitas vacas no vazio.
Preparando para entubar.


Hard Rock na Cidade do México.

Na volta, rodando pela Cidade do México
Notem a catedral entortada pelo terremoto de 1986.


sábado, 12 de janeiro de 2013

> ILHA DO MEL, 34 ANOS ATRAS

Em 1979, há exatos 34 anos, eu, Maurício meu irmão e um amigo, Paulinho, passamos em torno de um mês surfando altas ondas na Ilha do Mel, litoral do Paraná, entrada da baia de Paranaguá. Naquela época a ilha era habitada apenas por pescadores, sem a menor infraestrutura de água, luz ou qualquer outra forma de conforto. Armamos a nossa barraca dentro de uma velha casa e assim passamos um mês inteiro, sem banho de água doce, comendo peixe de manhã, de tarde e de noite.
Passamos muito perrengue com chuva, mosquito e falta do que fazer. Todo este custo ficou barato perto das ondas que surfamos praticamente sozinhos. Foram semanas que guardaremos para toda  vida. Esta foto é da travessia indo para ilha. Notem nossa única panela a bordo. Se na ida já estávamos magros, imaginem após um mês de fome. 

Eu e meu irmão, Maurício, conhecido na época do Camping da Macumba como homem borracha.
O cara fazia as manobras elásticas, ficando com o corpo todo dentro da água e conseguia se erguer e voltar para cima da prancha

Paulinho

Mauricio e Paulinho no farol da ilha


> PRAIA DO MEIO - GRUMARI

No entorno do morro direito de Grumari, existem duas praias. Em dias sem onda, existe a opção de remada até a Praia do Meio, a segunda saindo do canto de Grumari.
Nossa única visita a esta praia, ocorreu no verão de 2011. Foram 3 pranchões e meu bote. Nos pranchões, Murilo, Zezinho e Ivan. No bote, quatro remos, com Edu, Carlinhos, Lucas e Duda.
A remada de ida foi tranquila, descansados, vento fraco a favor. Chegamos bem, a praia é pequena, limpa e até rola uma ondinha no canto esquerdo. Descansamos, mergulhamos e um tempo depois resolvemos iniciar a volta. O vento, agora contra, resolveu aumentar. O bote tem a frente alta e se transformou em uma verdadeira vela trabalhando contra nosso objetivo de chegar a praia. Os pranchões não sentiram a resistência do vento e fizeram o percurso de volta fácil. Nós no bote, tivemos que remar de forma absurda para conseguirmos vencer o vento e chegar a praia. Na chegada estávamos com muita vontade de destruir o bote, rasga-lo em pedacinhos. Carlinhos até hoje tem pesadelos com esta remada. O bote, desde então, esta no sótão da minha casa. Talvez nunca mais saia de lá. Vejam algumas fotos da maratona.

A largada no canto de Grumari.

A chegada na Praia do Meio
Praia do Meio

Edu, Duda e Lucas 
Ivan, Zé, Murilo, Carlinhos, Lucas e Duda.
Já na padaria, após o fatídica remada de volta.
Lembram do JEEP? 

domingo, 6 de janeiro de 2013

> CARLINHOS GoPro 2012

Carlinhos surfou este final de 2012 fotografando de GoPro em quase todas as caídas. Foram diversas fotos surfando sozinho ou rabeando alguém com o argumento de "vou na tua frente que você aparece na foto". A verdade é que realmente o Carlinhos conseguiu algumas boas fotos surfando junto com amigos. No último dia do ano, uma morra em Grumari levou sua GoPro para o fundo do oceano.
Abaixo segue uma boa sequência dele sozinho. Vou reeditar este artigo para incluir as outras em breve.


Edu pronto para Metawaii. Só faltam as ondas.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

> AFRICA 2012

Nestes últimos 3 anos, 2010, 2011 e 2012, participei de um projeto na Africa, Noroeste de Moçambique. Em função disto, viajei para Moçambique e para a Africa do Sul diversas vezes. Em todas as viagens, planejava uma fugida para Jeffreys Bay que acabavam não acontecendo por falta de tempo. Nesta última viagem, maio de 2012, levei meu filho Duda para conhecer o continente. Ao final das reuniões de trabalho que participei, resolvemos alugar um carro em Johanesburgo e descer até Jeffreys Bay. Saímos as 16:00h  e rodamos a Africa durante a noite inteira, 1.300 km. Chegamos em Port Elizabeth  as 06:00h do dia seguinte, paramos em uma esquina e dormimos no carro até as 09:00h. Não dava para procurar hotel ou seguir mais 100 km para chegar a Jeffreys Bay, tamanho era o cansaço  Após este pequeno descanso, seguimos viagem e chegamos ao destino. Jeffreys Bay é uma cidade linda, pequena e bem estruturada. Respira-se surf o tempo todo. Pena que o mar não podia estar mais Flat. Foram dois dias sem ondas. Aproveitamos para conhecer os arredores, realizar um passeio de barco para ver baleias, tubarões e focas do cabo e praticar a Tirolesa entre os desfiladeiros que chegam  ao Cabo da Boa Esperança. Depois destes dias de folga, fizemos o caminho de volta a Johanesburgo, desta vez de dia apreciando a paisagem africana.  Total de quase 3.000 km de estradas africanas. Eu e o Duda vamos guardar esta viajem para sempre em nossas memórias. Vejam algumas fotos que selecionei.

O Baoba 

Rotina das mulheres da fronteira de Moçambique com a Zimbawe

Entre as crianças em Moçambique

Fotos do Duda em um Safári na Africa do Sul

Edu às margens do Rio Zambeze, maior população
 de Hipopótamos e Crocodilos da região.

 Logo após a foto, este poderoso leão mordeu o Duda, 
chegando a furar o casaco.
 Final das reuniões  entre indianos, africanos, australianos e brasileiros.

 De madrugada, em algum lugar entre Johanesburgo e Jeffreys

 Jeffreys bay

Flat total

 As focas do cabo.

 O passeio em busca de baleias e tubarões. 
Avistamos apenas baleias.

 O barco fora dágua

 Macacos Babuínos invadindo as rodovias. 

 Duda pronto para a primeira travessia de tirolesa.

Uma das muitas travessias
 Edu

 Mais Africa impossível 

 
Montanha típica da Africa. Tipo mesa.