sábado, 23 de fevereiro de 2013

> MINHA ÉPOCA DE TRIATLETA

Por alguns anos seguidos, no início da década de 80, me empolguei com o Triátlon que ainda engatinhava aqui no Brasil. O medalhista olímpico de natação Djan Madruga, era organizador de eventos e responsável pelo Triátlon Goldem Cup. Pelo que lembro aconteceram umas 4 edições deste evento. Além de organizador, Djan  era também competidor e ganhou todos os eventos.  Obviamente ele era imbatível na natação e muito bom no ciclismo. Na última perna, a corrida, ele já tinha aberto um tempo enorme e bastava administrar a vitória.
Participei de 3 eventos, de 83,84 e 1985. Treinava o mínimo suficiente para completar as provas. Na época, ainda estudava engenharia, estagiava, surfava, ou seja, treinava realmente o mínimo. Lembro que treinava muito na Grota Funda, parte da prova oficial. Descia a serra voando baixo, com o transito aberto e asfalto esburacado. Hoje em dia, se vejo um filho meu fazendo isto, seria infarto na certa. Mas sobrevivi aos treinamentos e às três provas que participei. Terminei todas.  Os 1500 m de natação eram na praia da Barra de Guaratiba. O ciclismo, 45 km, saia da Barra de Guaratiba, Gruta Funda, Prainha, Grumari, voltava Grumari e Prainha e pedalava até o Quebra mar. Lá, iniciava a corrida a pé. Subia o elevado do Joá, São Conrado, Leblon, Ipanema e finalizava os 16 km no posto 6 em Copacabana.
Quando os triátlons começaram a se multiplicar pelo Brasil, fui correr um em Brasília. Bem equipado, um amigo havia me emprestado um bike de alumínio, super leve. A minha era uma Caloi 10, 3 vezes o peso desta. Cheguei em Brasília no sábado para correr no domingo. Fui ao local da prova para entregar a bike para a organização. Neste momento, resolvi dar uma voltinha para me certificar se estava tudo bem. Sai pedalando forte, em pé e nesta hora a corrente partiu. Pedalei no vazio e sai capotando no asfalto até bater na ambulância do evento. O trabalho dos bombeiros foi abrir a porta do veículo, me botar na maca e me levar ao hospital de base de Brasília. Levei  8 pontos no braço e muita ralação na lateral e pernas. Resultado: voltei de Brasília sem competir, todo ralado e decidido a encerar minha breve carreira de triatleta.
As fotos abaixo mostram um dos triátlons, não sei ao certo de que ano. Foi minha melhor performance parcial. Na natação, Djan Madruga saiu em 17 minutos e eu sai em 21 minutos. A diferença é que ele pegou a bike e disparou enquanto eu sai da água me arrastando e quem disparou foi o meu coração. Tive que esperar um tempo para me recuperar e começar a pedalar. Neste intervalo, vários me ultrapassaram, obviamente.



 Exausto saindo da água.

 Subindo a Grota Funda. Reparem no Chevete atras. Devia ser do ano.

Chagada triunfante em Copacabana. 
Pelo menos para mim.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

> REGISTROS DO RICOSURF

Todo o dia bem cedo, as praias do Rio são fotografadas para divulgação das condições de surf no site do RICO. Como os fotógrafos não tem muito tempo para fazer os registros, na maioria das vezes  as fotos são publicadas sem muita qualidade. Os filmes mostram melhor a real situação das ondas. Mas, como toda a regra tem sempre uma exceção, algumas vezes eles conseguem boas fotos. Nas fotos tiradas pela manhã, os  integrantes dos Dinossurfers, por estarem já dentro da água, aparecem frequentemente na telinha do RICOSURF. 
Em 10 de abril de 2010, um mar de direitas clássicas e gigantes quebravam na Prainha desde o nascer do sol. Fui o primeiro a cair e logo de cara peguei uma onda enorme, perfeita, parede em pé. 
Por sorte, muita sorte, fui flagrado pelo RICOSURF no momento mais critico da onda. Ao chegar em casa, dando uma conferida no site, me deparei com foto. A onda esta perto dos 4 metros de altura. Confiram.

Esta é a direita da Prainha 

sábado, 16 de fevereiro de 2013

> MAVERICK, CALIFÓRNIA, 1997

Em 1997, passei dois meses fazendo uma imersão em inglês na Universidade de Berkeley, norte da Califórnia. No final de setembro de 97, entrou o primeiro swell da temporada de ondas gigantes em Half Moon Bay, ao sul de São Francisco. É lá que se encontra Pilar Point e a onda de Maverick.

Estava em aula na manhã do dia 25, quando um dos professores, me avisou sobre a chegada deste swell. Sai da sala direto para uma locadora de carros. Meu veiculo nestes dois meses na Califórnia, era uma bike. Rodei toda Berkeley e São Francisco pedalando. Cruzar a Golden Gate no pedal não tem preço.

Voltando ao assunto, aluguei um carro e parti para o sul em direção a Santa Cruz. Maverick fica entre São Francisco e Santa Cruz, seguindo pelo litoral. Dirigi umas duas horas e cheguei a Half Moon Bay.  Não existe placa indicando Maverick. Você tem que perguntar e seguir seu bom senso. A onda fica escondida da estrada. Ou você vê de cima do penhasco ou de dentro da água. Obviamente, minha opção foi passar a tarde inteira em cima do penhasco vendo Maverick quebrar com ondas de 6 a 7 metros sólidas e perfeitas. O ponto de observação deste penhasco fica dentro de uma base militar. Existe uma cerca já em cima da montanha que avança até o abismo. Para se chegar ao ponto de observação, é necessário meio que se pendurar nesta cerca para ultrapassa-la. Cheguei ao local e fiquei ao lado da pequena cruz com o nome do Mark Foo, que em 1994 morreu ali ao dropar uma onda enorme e tomar varias seguidas na cabeça. Certamente o dia em que Mark Foo morreu não estava perfeito como o dia que eu estava presenciando. Haviam uns 8 surfistas dentro da água, séries perfeitas, mar liso, com intervalo de tempo entre as ondas e entre as séries. Nas 3 horas que fiquei babando, não vi nenhuma vaca. Todos completaram bem suas ondas. 
Ao sair dali, me empolguei e continuei descendo para o sul, passando por Carmel, Santa Cruz, Monterrey e outra pequenas cidades de tirar o folego.
As fotos abaixo mostram um pouco do prazer que eu tive neste dia 25 de setembro de 1997. Ainda era da Coca-Cola Company naquela época.


 Pillar Point, onde quebra Mavericks, na cidade de Half Moon bay. 

Invadindo a base militar.

 As direitas de Maverick.

  O penhasco é muito alto.

 Fixado nas direitas gigantes

A pequena cruz no alto do penhasco em homenagem a Mark Foo.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

> QUARTA FEIRA DE CINZAS 2013

Chegamos ao final do carnaval 2013. Feriado de pouca onda mas de muita diversão. Nesta quarta feira fui até a Prainha apenas para encontrar com os amigos. Um pé torcido foi a sequela da escalada a Pedra da Gávea, na terça. Apenas tirei algumas fotos da tentativa de surfar de quem resolveu entrar em um mar quase flat, sem condições. As fotos falam por si só.


 Novo Protótipo do Avanti. Carlinhos experimentou a prancha.

 Avanti voltou a Prainha depois de andar de skate, maca, ambulância,.....

Jorge deu o ar da graça depois de um retiro espiritual em Angra, 
onde pode beber todas sem problemas com a Lei Seca. 

"Liberdade, liberdade, abra as asas sobre nós." 
Estou achando que este bicho é uma reencarnação da Barbuda. Em vida, ela era dona de toda a área, inclusive do espaço aéreo, não permitindo que nem um urubu sequer aterrizasse na praia. 

Carlinhos esbanjando estilo no protótipo do Avanti.


O Magno estava faltando no Blog. Autoridade dentro e fora da água.
O cara surfa muito.

O Mario fez um esforço enorme de contorcionismo para se encaixar nesta onda.
Levou um tempo para de endireitar novamente.

 Urucubaca para o Botafoguense doente Luiz Alberto, dono do carro. 
Carlinhos, vascaíno, tava mais é gostando 

Carlinhos e sua Moto Surf. 

Mostrando habilidade na descida da Prainha.

Da última vez que fez isto, voou por cima de um carro.
Reparem no sinal fechado, no ônibus, enfim, o cenário não estava favorável a malabarismo.
Nada ocorreu, chegou bem ao café da manhã.   

 Café da manhã no Zona Sul do recreio.


terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

> PEDRA DA GAVEÁ. , O RETORNO

No início de Dezembro já havíamos feito um reconhecimento na trilha. Chegamos ao pé da Carrasqueira e decidimos voltar deste ponto, sem ir até o final. Desta vez, 12fev13, refizemos a trilha completa. Chegamos ao cume superando cansaço, carrasqueira e tudo mais que apareceu pela frente. O visual do topo é indescritível. Uma visão de 360 graus do Rio de janeiro. É possível por exemplo, ver o Dedo de Deus, situado na serra de Teresópolis. Barra, São Conrado, Lagoa, Jacarepaguá, Ipanema, Leblon, Copacabana e toda a Baia da Guanabara são alguns dos bairros avistados. O ponto de salto  de asa delta da Pedra Bonita é bem abaixo de onde estávamos.   
Falando das dificuldades do caminho, alem do esforço enorme para vencer as 3 horas de caminhada, existe o desafio da Carrasqueira, uma escalada onde todo cuidado é pouco. Não é de alto risco, mas o risco existe. Como poderão ver nas fotos, Carlinhos fez de tudo para ultrapassar este ponto mas por prudência resolveu abortar e nos esperar no pé da Carrasqueira. Eu subi primeiro e fui dando suporte ao Lucas e ao Duda. Na descida a mesma dificuldade, talvez maior. O Lucas deu uma travada que foi difícil vencer. Emfim, ultrapassamos esta etapa e iniciamos a descida. No total foram 6 horas de trilha e escaladas, cansaço extremo, pé esquerdo meio inchado por um entorse na descida. Porem, o prazer de ter conseguido ou mesmo tentado chegar ao topo e poder ter o Rio a seus pés literalmente, valeu muito a pena. Visual deslumbrante. Isto tudo me faz sentir muito vivo.


 Ainda na subida. Parada para respirar. A esquerda, Tais (amiga do Lucas da PUC) e seu pai.

 A nossa meta, chegar ao topo da cabeça deste cara.

 Carlinhos e Lucas, no pé da Carrasqueira.


Carlinhos campeão, tentou várias vezes a subida final mas acabou abortando. 

Visual do Quebra mar. 

 Edu, Lucas e Duda na "cadeira", à beira do abismo.

Rio de janeiro 

São Conrado 

Mais RIO impossível.

domingo, 10 de fevereiro de 2013

> PRAINHA CARNAVAL 2013

A previsão de mar pequeno para os dias de carnaval, quase sem ondas, se confirmou. O sábado de carnaval ainda tinha alguma coisa. As fotos abaixo são do sábado. No domingo, ondas menores ainda, porem mais certas e divertidas. Alem disto, o clima de amizade dentro da água estava no auge. Isto não tem dinheiro que pague. Pena não termos registrado o domingo também com mais fotos. Fica na cabeça de quem estava presente. Estas são cenas de um início de dia realmente feliz.

Carlinhos bem na foto.

 Edu, mostrando que tem equilíbrio também fora da água.

Zezinho, Luiz e Flavio. 

Potter saindo da caverna. 

Luiz Menezes, ponto fora da curva. O cara surf muito. 

Lambreta 

Ducha após o surf de pranchinha nova. 

 
Nosso fotografo no carro do "TIO" 

Depois de 15 anos com a Barbuda, nosso cão Prainha, este Urubu quer
se infiltrar no grupo como novo mascote. Só flamenguista para adota-lo. 
P
 Cavada típica do Carlinhos.

 Zézínho detonando na ponta do pé.

 Carlinhos no estilo.

Agora é fato. Eles estão se multiplicando. 

João com o pranchão no pé. 

Laranjeira perto do bico. 

Jéferson jogando água 

Edu, batidinha tímida.

HEMP em sua sessão de alongamento

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

> É AVANTI QUE SE ANDA, SEM SKATE.

Dr Ricardo Avanti é advogado de renome nas organizações mundiais, surfista veterano, empresario do surf, chefe de uma família espetacular e finalmente um grande amigo nosso. 
Há uns dias atrás, o mar estava flat e, nestas ocasiões, nosso amigo Avanti parece enlouquecer e começa a filosofar afirmando coisas como "nunca mais vai dar onda". Então, o que fazer, pergunta Avanti. Haaaaa, já sei !!!!!!! Vou andar de skate. - Não preciso de onda, só de asfalto, concreto, uma rampa e pronto. Esqueceu o principal: é de fundamental importância saber andar de skate. Pelo menos um minimo de equilíbrio. Esqueceu também que no surf você cai na água, enquanto que no skate a vida é bem mais dura. Resultado: aprendeu estes princípios básicos de uma forma, digamos, mais dolorosa. Felizmente, o cabra é macho e não somou nenhuma nova sequela daquelas já conhecidas. Ta novinho. 
Vejam, queridos amigos, como nosso amigo ficou bem na foto sendo atendido pelos paramédicos.